segunda-feira, 31 de julho de 2006

Bogotá 3

Ainda nos sobrou tempo, antes e depois do casamento, para conhecermos um pouco mais de Bogotá. Uma das experiências mais interessantes foi subir a Monserrate num teleférico que ia quase na vertical. Não vou falar mais sobre as minhas vertigens... Mas pela vista lá de cima valeu a pena tudo o que as minhas mãos possam ter suado!
A cidade estende-se por uma grande superfície, limitada por montanhas, e dava para ver os diferentes bairros e as principais avenidas. No topo do monte era um santuário do Cristo de Monserrate, uma imagem com alguns séculos, daquelas tétricas e com cabelo verdadeiro (bleugh...).

Fomos também visitar a Catedral de Sal de Zipaquirá. Fica nos arredores da capital, numa mina de salmoura escavada dentro de uma montanha. Como é natural, todas as paredas são de rocha e a decoração é muito simples. O ambiente é espectacular, de silêncio... mas difícil de captar em fotografia.

Tirando estes lugares mais turísticos, a cidade tem zonas com bares e restaurantes com muito bom aspecto, e centros comerciais muito parecidos com os nossos. Nós fomos um dia jantar a um chinês sofisticado, mas que estranhamente não tinha nenhum chinês a servir, eram todos latinos! Também estranhei que à entrada dos centros comerciais revistassem as pessoas, e no caso dos carros fazem-no com um cão que fareja o interior e o porta-bagagens; mas isto acontece porque há uns anos tiveram umas bombas, agora está tudo muito mais calmo.

sexta-feira, 28 de julho de 2006

La entrega de los regalos

Uns dias antes do casamento, é tradição na Colômbia fazer-se a festa da entrega dos presentes. É um serão em casa da noiva, só com a família e amigos mais próximos. Tinham-nos dito que era uma ocasião formal, que as pessoas ficavam só à conversa, que não demorava muito tempo... e nós, com base nisto, até chegámos a pensar prolongar a estadia em Cartagena por mais um dia, mas ainda bem que não o fizemos!

Quando chegámos, o apartamento estava cheio de senhoras arranjadas e homens de fato. Eles tinham empregados a servir whiskey, patés e tapas. E nós fomos conversando com as amigas, as primas (muito giras!) e as irmãs (ainda mais giras!) da Catalina. Mas tudo ainda muito proper.

O primeiro momento de frisson foi a chegada dos mariachis. Faz parte da tradição o noivo encomendar uma serenata, em que muitas vezes ele próprio também canta, mas não foi o caso. Para os meus amigos latinos era uma coisa normal, mas para mim era a primeira vez que estava a ouvir aquela música vibrante - eram uns 15 músicos, quase todos com instrumentos de cordas, num espaço não muito grande. Entre as senhoras notava-se alguma agitação, aquilo era qualquer coisa que lhes tocava lá no fundo, e algumas deixavam escapar uma lagrimita.

Mas o melhor ainda estava para vir! Depois dos mariachis, alguém teve a boa ideia de pôr música para dançar. Novamente as músicas colombianas da moda e o reggaeton, do qual o nosso amigo Roberto é um exímio executante, é só darem-lhe um pouco de "combustível".
O mais divertido foi quando ele começou a dar aulas de como dançar reggaeton (note-se, é um estilo de música brega, com letras não muito ortodoxas e dança a condizer), primeiro ao pai, depois à mãe da Catalina, e depois até aos sogros, que deviam andar na casa dos setentas.

A tal festa que costumava ser curta e muito formal acabou por durar até às 2 da manhã, e claro está que nós fomos os últimos a sair (melhor dizendo, quase que nos tiveram de expulsar!). Foi uma perfeita sessão de treinos para o casamento que se avizinhava.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Cartagena de las Indias

Passámos 3 dias em Cartagena e soube a pouco. Quando eu voltei para Londres e as pessoas me perguntavam porque razão eu não estava bronzeado, isso deveu-se a falta de Cartagena. Mas o tempo que estivemos foi sem dúvida bem aproveitado!
O nosso hotel não era nada de especial, mas pelo preço não podíamos pedir mais. Tinha piscina e para chegar à praia era só atravessar a rua, por isso estávamos bem posicionados.

Esta era a vista que tínhamos do nosso quarto, no 10º andar. Ao fundo vê-se a ciudad vieja, onde fomos todos os dias.Tentámos estar o máximo de tempo na praia. Era o único sítio onde se aguentava um calor próximo dos 30ºC com muita humidade.
Alugávamos uma carpa (toldo) e ali ficávamos à conversa, que ao sol era quase impossível. Aprendi com eles sobre a história e política dos seus países e também houve espaço para um concurso de beleza, com prémios para várias partes do corpo, atribuídos pela Natalia (acho que foi uma espécie de vingança pelo facto de ser a única menina do grupo). O pudor leva-me a guardar os que me couberam...
Mas bom, bom era estar dentro de água, a temperatura era a ideal e havia ondas pequenas para fazer "carreirinhas". Apesar de pequenas, o suficiente para me enrolarem...
Pelo areal iam desfilando vendedores dos mais diversos produtos: comida, bebida, artesanato, roupa, sapatos, óleos, massagens, óculos escuros, excursões... Acho que nunca passaram 2 minutos sem que aparecesse alguém!Mais para o fim da tarde íamos visitar a ciudad vieja, que fica entre muralhas. Ruas estreitas, casas coloridas, igrejas antigas, largos com esplanadas, lojas de artesanato, bons restaurantes...Mas para ser turista há que sofrer. O calor apertava demais para andar a ver a cidade. A provação maior foi o castelo de San Felipe, onde o guia nos meteu por uns túneis onde a humidade devia estar a 200%.
Por sorte, descobrimos alguns oásis onde nos serviram uma cervejinha (Aguila) bem gelada. Um desses sítios foi um bar num dos baluartes das muralhas, onde ficámos a ver o pôr-do-sol no mar.
Jantámos sempre em sítios bons. Não seriam o top do caro, mas estavam sempre acima do que eu estou habituado. Os nossos amigos colombianos esforçaram-se por mostrar-nos o melhor, e eu, ainda que algumas vezes tivesse tido a vontade de ir experimentar alguns lugares mais atascados, tenho de concordar que foi óptimo conhecer os sítios posh (que no final de contas nunca nos custaram mais de €10) e poder guardar uma reserva de sabor a carne boa para o resto do ano. Fez-me também pensar que já era altura de eu ser menos forreta e ir conhecer alguns dos bons restaurantes que há por Lisboa.
Depois do jantar seguia a parranda (festa)! Nas primeiras 2 noites ficámos só à conversa numa esplanada, mas a terceira foi a bombar! Fomos a um bar na ciudad vieja, com vista para as muralhas, e onde se dançava todos os sucessos que na altura já eram parte essencial da nossa própria playlist. E a noite durou até às tantas da manhã...

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Bogota 2

Como só tínhamos o avião para Cartagena ao fim da tarde, tivemos muito tempo para visitar o centro de Bogotá, onde ainda resistem alguns edifícios coloniais. Esta praça que se vê em baixo é a Plaza Bolívar, onde fica o Senado e o Palácio da Justiça. Daqui partem várias ruas com casas mais antigas, de varandas tradicionais, no chamado Barrio de Candelária. Por aí visitámos um museu muito bom, com um grande espólio de Boteros e outros grandes pintores contemporâneos. Outro ponto alto do dia foi quando parámos para comer obleos, duas bolachas fininhas com muito doce de leite (Arequipe) por dentro. Uma deliciosa bomba de açúcar! Os pais do Juan têm três pronto-a-comer pela cidade e ofereceram-nos almoço num deles. Eles foram incansáveis connosco, terão direito a um post mais adiante.

E ala que se faz tarde, que o calor de Cartagena e a água morna do mar das Caraíbas esperavam por nós.

Bogota 1

De Medellin voámos para Bogotá especialmente para passarmos algum tempo com os noivos. Era o domingo antes do casamento, e funcionou quase como uma despedida de solteiro. Primeiro fomos convidados para um churrasco no terraço de casa do Pato (o noivo): muita carne e outros petiscos, muito raeggaeton para dançar nos intervalos da comida e um Power Point preparado pela Natalia a recordar os melhores momentos passados em Londres.

Pelo meio também se ouviu muita música latina, de vários estilos, e pude confirmar mais uma vez um facto notável: do Chile à Guatemala, passando pela Colômbia, e embora os vários países tenham realidades muito diferentes, todos partilham uma cultura comum. Cresceram com as mesmas músicas, viram os mesmos programas de tv e leram os mesmos livros, e isso naturalmente cria uma certa identidade cultural. Claro que a língua comum é o principal factor aglutinador, mas fez-me pensar que nós, no cantinho da Europa, não temos essa afinidade com nenhum dos países comunitários, nem sequer com nuestros hermanos. O mais próximo será porventura o Brasil, mas aí tratou-se mais de nós assimilarmos a música e televisão deles do que de um verdadeiro intercâmbio cultural.

A festa continuou no Andrés Carne de Rés, um bar nos arredores da cidade, com decoração muito kitsch. Eu estava com alguns "problemas internos", por isso não pude disfrutar tanto, e os restantes convivas também estavam com um défice de energias, mas ainda assim deu para dançar q.b.
No regresso a casa, uma escolha sensata que pelos vistos é comum por aquelas bandas: tinha-se combinado previamente com 2 chauffers para irem lá ter a uma determinada hora e conduzirem os carros que tínhamos levado. É um serviço coordenado pelas companhias de seguro, que certamente reduzem desta maneira os prémios a pagar por acidente.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Meanwhile, in London...

Faço uma pausa na viagem para lhes contar o que se vai passando por aqui.
O mais notório é a onda de calor que por aqui anda, com os termómetros quase sempre acima dos 30°C.
No trabalho temos ar condicionado, por isso não custa, mas os transportes não têm. Há dias um jornal contava que tinham medido 52°C dentro de um autocarro e 47°C numa carruagem do metro! O que implica que a primeira coisa a fazer quando chego a casa, depois de 20 minutos num comboio, é tomar um duche bem fresquinho.
Mas também tem algumas vantagens. Com tanto calor, o dressing code é ainda mais aliviado e quase tudo é permitido. Ontem, por exemplo, um dos managers andava por aqui de calções e sandálias. Vir de calções não tenho lata, mas as havaianas têm marcado presença!
E vou voltando a custo ao ritmo do trabalho, ao som de uns CDs da Shakira que trouxe da Colômbia.

O fim-de-semana está à porta e vai começar com o jantar de despedida de solteira de uma paquistanesa aqui do trabalho, esta noite, num restaurante italiano com karaoke! No resto do tempo espero apanhar alguns banhos de sol num parque, bem à inglesa.

Daqui a 1 mês vou a Portugal para 2 semanas de praia e matar saudades. Mas até lá tem de ficar decidido o que vamos fazer em relação à casa, cujo contrato termina no início de Setembro. O namorado da Nayan vem viver para Londres e ela queria que ficássemos todos juntos, mas nenhum de nós tem essa vontade: no que respeita a desarrumação e cheiro a especiarias, "se uma indiana incomoda muita gente, dois indianos...". O Eduardo aguarda uma proposta da empresa, que deve passar por continuar em Londres, mas também pode implicar ir para o Chile ou para a China. O Artur continua a ir a entrevistas mas ainda não conseguiu um trabalho, por isso não sabe se fica. E eu, que tenho o futuro mais definido, fico na expectativa de ver com quem vou acabar por ficar.

E viva o Verão!

Paisa 2

As mentes mais sensíveis vão-me desculpar este post mais machista, mas estou apenas a relatar o que viram estes olhinhos que a terra há-de comer.
Não se encontram muitas mulheres feias na Colômbia, muito pelo contrário! Mas de todos os sítios onde passámos, as mais giras que vimos foram as de Medellin. Quer dizer, não sei se mais giras, mas pelo menos mais... hum... digamos que Nosso Senhor foi generoso quando distribuiu alguns atributos por aquelas bandas. Daí nasceu o nosso conceito de paisa evolucionada. E as que não saíram evoluídas por natureza, pagam para fazer evoluir algumas das suas formas cirurgicamente, segundo nos explicou a Natalia.
Uma noite, num bar, sentou-se na nossa mesa um amigo do Juan, acompanhado de 4 paisas bem evolucionadas e com ar de mulheres fatais. A homenzarrada, sempre atenta e cruel nestas situações, rapidamente lhes deu o epíteto de "guerreiras". Mas como a sua simpatia era inversamente proporcional ao tamanho dos atributos, continuámos a dançar felizes com as amigas com quem estávamos. Já dizia o ditado, quem vê caras (ou neste caso, ...) não vê corações.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Paisa 1

A um relato de viagem feito pela minha pessoa não poderiam faltar as referências gastronómicas. E posso dizer que na Colômbia tirei a barriga de misérias!
Já nos tinham avisado que não podíamos perder a oportunidade de provar uma bandeja paisa. Paisa é a designação dada aos naturais da região de Antioquia, onde fica Medellin, e este é o seu prato mais típico.
Fomos convidados para almoçar em casa da Natalia, depois do glorioso jogo contra a Inglaterra, e que melhor maneira de festejar do que este banquete que podem ver na foto!
Pois bem, uma bandeja paisa leva carne picada, arroz, feijões, chouriço, morcela, ovos estrelados, abacate, banana frita, arepa (uma "bolachita" feita de milho), patacón (uma massa feita de plátano verde) e chicharrón (torresmos).
Um prato leve, como podem ver... Mas simplesmente delicioso!

terça-feira, 18 de julho de 2006

Medellin 2

Passámos 3 noites em Medellin, e que noites!
A primeira foi só de aquecimento: tínhamos acabado de chegar, há muito que não nos víamos e por isso ficámos à conversa no apartamento do Juan; como ele e a Natalia tinham de trabalhar no dia seguinte, não podíamos abusar muito, por isso ficámos só até às... 4 da manhã!

A segunda noite foi bem diferente. Fomos a uma discoteca onde todos os meses fazem uma festa de passagem de ano, e tivemos a pontaria de estar lá nesse dia. O lugar era muito peculiar: um espaço enorme, decorado ao estilo do far-west, e naquele dia ainda mais decorado por ser uma festa especial. Os empregados também estavam vestidos dentro do mesmo estilo, e no meio da sala havia um palco onde ia havendo actuações de dançarinos/as. Éramos os 4 rapazes, e a Natalia levou a irmã e uma amiga, por isso estava quase equilibrado.
Fomos dançando ritmos latinos e reggaeton, entre brindes de aguardiente, cada vez mais animados. À entrada tinham dado um apito a cada um, e por várias vezes o DJ pediu que ensaiássemos a barulheira para a chegada da "meia-noite" (que ia ser por volta das 2 da manhã). Quando chegou esse momento, distribuiram balões compridos e garrafas de champanhe por toda a sala. No palco, um grupo de anões fazia um número de dança - weird! Mas eu que nem acho muita piada às passagens de ano "normais", achei esta muito mais divertida!

Na noite seguinte, fomos ao Trilogia, um bar com música ao vivo. A banda era boa, mas melhor ainda eram os intervalos em que punham mais música para dançar! Ora com as miúdas, ora em cima das cadeiras, dependia do ritmo. Nesta foto abaixo ainda parecemos compostinhos, mas era só o começo!

Mais uma vez a festa durou até bem tarde. Devemos ter chegado a casa pelas 4h30, e 3 horas depois tínhamos de estar dentro do avião a caminho de Bogotá. Valeu-nos a Natalia, para nos acordar, e os taxistas que nos levaram a todo o gás até ao aeroporto.

Medellin 1

Medellin foi o nosso primeiro destino na Colômbia. É a capital da região de de Antioquia e fica a meia hora de avião da capital, Bogotá. É uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes, situada entre montanhas. Infelizmente tornou-se conhecida aos olhos do mundo como a sede do cartel liderado por Pablo Escobar, mas desde a sua morte em 1993 tornou-se um lugar bem mais calmo.
Em Medellin nasceram o cantor Juanes (o da Camisa Negra) e o pintor Botero. E dos nossos amigos, a Natalia é de lá e o Juan está lá a trabalhar há 1 ano. Foi no apartamento dele que ficámos as primeiras 3 noites.Pelas ruas da cidade circulam autocarros muito coloridos, que competem entre si para ver quem dá mais nas vistas, como se ter autocolantes com frases ou elerons (?) no tejadilho fosse a chave para atrair para mais clientes.
No centro da cidade está a Plaza Botero, com muitas esculturas dele, e o Museo de Antioquia, que visitámos na sexta-feira, enquanto os nossos amigos trabalhavam. Na zona dos principais serviços, há uma praça muito simpática com árvores e uns laguitos onde nos pudemos refrescar, porque na cidade faz calor (mas agradável) todo o ano.

É a única cidade da Colômbia com metro, e no sábado tomámos esse transporte até à zona mais pobre da cidade. Aí, nuns bairros que vão trepando por um monte, construíram há poucos anos o Metrocable, um teleférico que facilita muito a vida aos que moram mais acima.
Nós também subimos, claro, e que alto que aquilo foi - ai as vertigens! -, sempre rente às casas. Mas compensou ficar com as mãos suadas, porque a vista lá de cima era linda!

segunda-feira, 17 de julho de 2006

De regresso

Estou de volta, mas ainda consumido pelo jet lag, por isso não posso escrever muito agora.
Trago muitas histórias para contar, e vou fazê-lo em pequenos posts. Em viagem tenho sempre a cabeça a funcionar a 200 à hora e as ideias surgem em catadupa.
Mas o mais importante de tudo é que venho com o coração cheio por ter estado com bons amigos que fiz em Londres - um ano passou depressa e já nos voltámos a encontrar, acho que nenhum de nós pensava que fosse tão cedo. Quando será a próxima vez? As despedidas deixam sempre um nó na garganta... Como me escrevia a minha Mãe por estes dias num mail (super moderna!), tenho tido muita sorte com as amizades!
Foram 10 dias de divertimento sem tréguas: faustosos almoços e jantares, muitos bares e alguma praia pelo meio. Da esquerda para a direita, o Juan, a Natalia, o Roberto, a Catalina e o Eduardo foram óptimos companheiros, e que bem que me soube estar com eles 24 sobre 24 horas, acho que isso é uma das coisas que eu mais gosto em ir de férias!
E claro, fiquei encantado com a Colômbia, nos próximos dias mostro-vos porquê.

No regresso, e aproveitando a escala do avião, fiquei uma semana em New York, em casa da Ana, com o Eduardo e o Juan. Muito obrigado, Migalha, foste uma anfitriã e peras!
Aqui foi um pouco mais calmo, mais à base de museus, passeios a pé e compras. Mas também não faltaram as boas conversas, boa comida e as Budweiser! E pudemos beneficiar da companhia de quem conhece a cidade por dentro, não só a Ana mas também outros amigos americanos que aqui apresentarei.
Foi a minha segunda vez e fiquei a gostar um pouco mais da cidade. Acho que por ter ido as duas vezes em Julho fiquei com a imagem manchada pelo que "sofri" com o calor e a humidade - na próxima vez tenho de ir numa época mais fresca.

É hora de voltar à vida normal, custa a entrar mas tem de ser.
Hoje cheguei a Heathrow às 8 da manhã, vim a casa deixar as malas e tomar um duche e fui para o trabalho. Mas com apenas 2 horas de sono, foi difícil manter-me acordado enquanto o meu manager nos dava uma formação entediante e inútil sobre project management. Tenho de recuperar agora.
Venho com as baterias carregadas e bem mais alegre! Agora é pôr mãos à obra e fazer-me à vida, a de Londres e não só. Como nas viagens, alargar os horizontes!

domingo, 9 de julho de 2006

De rumba en Colombia 2

A falta de posts só prova que a agenda aqui tem estado demasiado cheia e nao tem sobrado muito para vir ao computador. Prometo para o meu regresso, daqui a 1 semana, um relato detalhado de tudo - o difícil vai ser escolher entre as quase 1000 fotos que já tirei!
Em resumo, posso dizer que a Colômbia é um país lindo! As pessoas sao extremamente amáveis e educadas, e as raparigas sao lindas de morrer! As cidades, apesar de muito polarizadas entre ricos e pobres, têm zonas com muito bom aspecto e nao me pareceram mais inseguras que em qualquer outro sítio. A carne é de comer e chorar por mais, e tenho experimentado vários outros petiscos.
Em Cartagena foi puro relax: praia o mais possível, turismo pela Ciudad Vieja e festa à noite, por supuesto! Mas aí sim, o calor apertava bem...
Ontem o casamento da Catalina foi cinco estrelas: os noivos estavam felizes, a missa foi bonita, o almoco estava óptimo e depois foi bailar até cair! Estava com a expectativa de ver como seria um casamento noutro país, mas foi tudo muito parecido com os de Portugal. Na realidade, e tirando a música que aqui é quase só latina, tenho achado tudo aqui muito familiar, e é muito bom sentir-me quase como em casa!
A propósito de música, estamos rendidos ao reggaeton, levo daqui toda uma coleccao dos últimos sucessos. Eu sei que nao será uma música com muita qualidade, mas quando se trata de dancar - e tendo um professor tao sabedor como o Roberto, da Guatemala - arrebata uma pessoa!
Para terminar, uma referência à nossa querida seleccao. Por aqui, depois da eliminacao da Argentina e do Brasil, todos estavam por Portugal. E sempre que eu conhecia uma pessoa e dizia que era português, era felicitado pela nossa boa prestacao. Sofremos com os penalties contra Inglaterra num café de Medellin, onde todos já se riam das minhas reaccoes. Depois vimos a meia-final no hotel de Cartagena, e pude afogar as mágoas no mar cálido mesmo em frente. Ontem nao pude ver o jogo porque estava no casamento, mas também já nao era tao importante. O importante foi termos feito boa figura e irmos crescendo aos olhos do mundo.
Amanha parto para New York com o Eduardo e o Juan Felipe, e aí ficamos até domingo, em casa da Ana. Vai ser lindo também!

sábado, 1 de julho de 2006

De rumba en Colombia 1

Depois de uma curta estadia em New York e muitas horas de aviao, chegámos a Bogotá, mesmo a tempo de apanhar o vôo de ligaçao para Medellin. Foi bom reencontrar o Roberto em Bogotá, e depois a Natalia e o Juan no aeroporto de Medellin. Viemos directos para o apartamento do Juan, onde ficámos a dormir (a casa é muito gira!) e aí começou a rumba (festa). Tratámos de pôr a conversa em dia entre brindes com as bebidas nacionais e arepas (uma espécie de pao achatado) com queijo, até bem tarde.

Hoje levantámo-nos para ver o Argentina-Alemanha, que aqui passou às 10 da manha. Os nossos anfitrioes, que hoje ainda trabalhavam, vieram almoçar connosco. Comi uma carne excelente, como há muito nao comia.
Depois eles deixaram-nos aos 3 turistas no Museu de Antioquia, onde vimos uma colecçao de pinturas e esculturas do Botero, que é natural daqui. Eu conhecia pouco e já gostava, mas hoje fiquei fa!

A cidade fica entre montanhas e é muito arborizada. Os autocarros sao o máximo, muito coloridos e exageradamente decorados. Já andámos por zonas "bem" e outras mais pobres, e dá para ver bem a diferença. Amanha continua o turismo.
Agora é tempo de preparar a rumba da noite!