domingo, 29 de janeiro de 2006

China em Londres

Não tivemos neve, mas tivemos os festejos do Ano Novo Chinês. O início do Ano do Cão foi celebrado por um mar de gente na zona da Chinatown, e houve também um espectáculo durante todo o dia na Trafalgar Square. Curiosos, o Eduardo e eu fomos lá dar uma espreitadela.
Quando chegámos, estavam uns senhores vestidos de cor-de-laranja a partir paus na barriga de um deles, numa espécie de demonstração de karaté. Depois veio um grupo de bailarinas chinesinhas, que tanto dançavam ao som das músicas tradicionais mais lentas, estilo bailado "em pontas", como ao ritmo da mais frenética "tecno" asiática. Quando chegou uma menina num vestido branco cintilante a fazer acrobacias em patins de 4 rodas, dos antigos, decidimos por mútuo acordo que já chegava de multiculturalismo por hoje e fomos fazer uma visita à mui britânica Tate Modern.

Festa indiana

Uma dos maiores prazeres de ter uma casa nossa é a possibilidade de fazer festas com muita gente. E a disposição da casa ajuda: a sala tem potencial para pista de dança, a cozinha tem espaço suficiente para os que preferem ficar na conversa, e ainda há o jardim para quem quer fumar ou apenas apanhar ar; os quartos, por serem no andar de cima, ficam mais resguardados.
Ontem foi a festa de despedida da Kavita, a rapariga que aparece nesta fotografia com a Nayan. Ela fez o mesmo Master que eles e viveu nas mesmas residências que nós, por isso é das amigas que nos foram mais próximas durante os últimos tempos. E foi com todo o gosto que lhe oferecemos a casa para fazer a festa.
Apareceram umas trinta pessoas, na maioria arquitectos do programa deles, mas também alguns ilustres de Passfield. Uma delas foi a Metok, a tibetana que eu em tempos comentei aqui no blog, e que também parte esta semana para um estágio nas Nações Unidas.
Nós tínhamos snacks e molhos, que é o mais habitual nas festas aqui, todos os convidados trouxeram bebidas e o Eduardo ainda preparou uma caipirinha que fez muito sucesso!
A meio da noite, a música tomou conta da sala. Desta vez, e dada a moldura humana presente, apostámos forte na música indiana, quase sempre proveniente dos filmes de Bollywood. São músicas completamente diferentes daquilo a que estamos habituados dançar, o que veio dar ainda mais piada à festa. Por outro lado, e apesar de ficarem eufóricos ao primeiro copo de vinho, a alegria com que os indianos se divertem é do mais genuíno - eu diria até inocente -, nada a ver com os exageros de show-off alcoólico dos ingleses, por isso estar com eles nestas ocasiões é muito "boa onda".
E todos partiram com o elogio de que as melhores festas são na nossa casa...

Neve?!

Há uns anos atrás, o grande poeta José Cid cantava: "cai neve em Nova Iorque, faz sol no meu país, faz-me falta Lisboa para me sentir feliz".
Enquanto recebo mensagens a contar da neve "no meu país" (primeiro os meus Pais em Fátima, agora também em Lisboa), faz sol em Londres. Vou inchando de pena de não estar aí para ver esse acontecimento único. Por isso tirem fotografias, por favor!!!

Spoooooorting!!!

Apesar de estar a meio de uma festa aqui em casa, tudo a dançar e a adrenalina (ou deveria dizer teor alcoólico?) no auge, só um pensamento me ocorre:

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

Contente!

Hoje de manhã houve reunião de managers e eles decidiram ir para a frente com a minha proposta de fazer um inquérito aos nossos 3300 residentes. Foi uma tarefa que me levou cerca de um mês a preparar, por isso fiquei contente ao saber que, após algumas resistências iniciais, eles ficaram convencidos pelos argumentos que eu tinha apresentado.
Por isso, e para melhorar a base de dados que temos com cada um dos nossos clientes, vamos-lhes mandar um questionário pelo correio a perguntar alguns dados pessoais. Sempre chato, mas vai ter que ser. E pior ainda: para além dos contactos, agregado familiar, idade e grupo étnico, vamos também perguntar-lhes qual é a sua religião e orientação sexual, para podermos adaptar os nossos serviços às minorias. São os ditames da politica de diversidade inglesa, com que eu até concordo, mas certamente vamos ter alguns clientes a queixarem-se de que nos estamos a meter na sua intimidade...

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Tá frio!

Hoje de manhã, quando cheguei à estação para apanhar o comboio:
We are sorry that the 07.34 service to Stratford is delayed by approximately 94 minutes. Silverlink apologies for the inconvenience it might cause you.
E nem sequer está a nevar, apesar de a temperatura ter descido abaixo dos 0 graus. Está, aliás, um belo dia de céu azul! Mas o gelo nos carris complica o sistema todo. E como quase todas as linhas de metro têm uma parte a céu aberto, acaba por afectar todos os transportes.
Cheguei ao trabalho com uma hora de atraso, mas como o mesmo sucedeu a quase todos não há problema. E rio-me para dentro: por muito avançados que estejam, ainda há coisas que não conseguem dominar!

Vou à Dinamarca!

Aqui em Inglaterra o 1 de Maio também é feriado. Não por ser Dia do Trabalhador, é apenas o Early May Bank Holiday, que calha sempre na primeira segunda-feira, ficando assim um fim-de-semana prolongado. Comprei ontem o bilhete: vou na sexta à noite e regresso segunda ao fim da tarde.
Vou a Copenhaga visitar a Mafalda. Era uma viagem há muito prometida e desejada. Ficámos grandes amigos depois de passarmos o Verão de 2003 no Brasil a fazer trabalho social. Ambos tinhamos o gosto de ficar na conversa até altas horas, e é o que certamente também vai acontecer daqui a 3 meses, a par de bons passeios de bicicleta e sessões de doçaria aplicada.
Logo depois desse projecto, a Mafalda foi viver para Copenhaga, onde faz investigação sobre a malária (agora integrada num doutoramento) e escreve o blog mais brilhante da blogosfera. Vou ter também a oportunidade de conhecer melhor o Timme, o seu viking de estimação.
Vai ser lindo!

domingo, 22 de janeiro de 2006

Noite eleitoral

19:54
Estou ligado aos sites dos 3 canais, da TSF e do STAPE. Ligado em Skype-conferência com os meus pais e a Isabel. É a primeira vez que não estou em casa à hora de revelarem os resultados. Estou confiante que não vou ter de voltar para votar na segunda volta.

20:00
Três boas notícias:
- Cavaco Presidente!!!
- Alegre à frente de Soares
- Jerónimo à frente de Louçã

20:15
A falta que me faz a imagem... Gostava de ver algumas caras: a de João Soares era a primeira, Ana Gomes a segunda. Mas, usando uma expressão lá de casa, calculo que estejam com cara de quem deu um pum na sala.
Mário Soares realmente nunca virou a cara à luta. Mas será isso sempre uma vantagem? Não sou ingrato ao ponto de esquecer a quota-parte que lhe devemos pelo combate ao PCP em 1975 e a nossa entrada na CEE, mas podia ter saído pela porta grande...

20:35
Resultados na Costa da Caparica:
Cavaco Silva - 46,96%
Manuel Alegre - 21,67%
Mário Soares - 12,44%
Jerónimo de Sousa - 12,26%
Francisco Louçã - 6,05%
Garcia Pereira - 0,62%

21:00
Vou actualizando os resultados no site do STAPE, minuto a minuto. À medida que os resultados vão saindo, começo a ficar preocupado: Cavaco, que nos primeiros resultados oficiais tinha 56%, aproxima-se agora dos 50%. Mas um especialista em números acabou de dizer na RTP que é garantido que ele ganha à primeira volta.

21:11
Já desci do quarto para a cozinha. O Eduardo, a Nayan e a Kavita (outra amiga indiana) estão a jantar, mas eu não consigo descolar o ouvido dos headphones e os olhos do computador. Não tenho fome! Devia haver eleições mais vezes...

21:35
Soares discursou. Não me pareceu lá muito alegre... Pudera, teve menos de metade da votação de Santana Lopes há 1 ano.

21:45
Finalmente, o Bloco perde votos. Teve quase cem mil votos menos que nas legislativas. Depois de ouvir o discurso de Louçã, a fome voltou-me num instante! Venham os queijos da mamã!

22:00
Jerónimo de Sousa é simpático, não há dúvida. E até tem um irmão padre, o que é uma característica que valoriza sempre uma pessoa. ;) Graças a ele, o PCP tem aumentado de eleição para eleição.
Entretanto, estava Alegre a fazer o seu discurso quando Sócrates começou a falar "por cima". Não lhe fica bem. Ele até está a ser, na minha opinião, um bom primeiro-ministro, mas uma boa "briga de avental" no Largo do Rato é sempre de saudar!

23:00
Já está tudo contado. Não é como dantes, que tínhamos de esperar até altas horas. Ainda bem que não tenho de voltar a fazer uma viagem-relâmpago para ir votar. E ainda bem que temos um presidente de centro-direita, para equilibrar a balança dos poderes.
Claro que eu preferia que ele tivesse dado publicamente a sua opinião sobre mais assuntos pessoais, mas não é o feitio dele e isso não afecta o exercício do cargo que vai ocupar. E também gostava que a nossa primeira-dama tivesse um bocadinho mais de bom gosto, mas cada um é como é.
Mas gostei de o ouvir agradecer ao CDS e ao seu presidente, corrigindo a gaffe de os ter omitido em ocasião anterior. E se ele disse que sabe bem a História de Portugal, é porque nos últimos anos deve ter conseguido ler todos os cantos d'Os Lusíadas, por isso todos podemos dormir descansados.
Está feito. Estou contente! Aliás, alegre. Sobretudo porque amanhã já não há mais campanha eleitoral. Que, como muito bem comentava Filomena Mónica na Visão desta semana, não acrescentou nada.
Vou dormir, que este fim-de-semana de eleições cansou-me.

A minha aposta

Cavaco Silva - 53,4%
Manuel Alegre - 17,2%
Mário Soares - 15,4%
Jerónimo de Sousa - 7,3%
Francisco Louçã - 6,0%
Garcia Pereira - 0,7%

TAP

Perdi o avião. Uma coisa tão grande e logo a fui perder! Há sempre uma primeira vez para tudo, mas a frustração de chegar ao check-in meia hora antes da partida (quando oficialmente o limite é 40 minutos) e não me passarem o bilhete foi enorme. Eu disse-lhe que corria, que nem sequer tinha bagagem, que TINHA de ir para Lisboa. Ela ainda telefonou ao comandante do avião, mas nada. Humpf...
Voltar para casa ia ser muito frustrante - e a mãezinha o que pensaria de já não me ver? -, por isso, e com o conforto do salário recebido na véspera, lá fui comprar outro bilhete. Nem tudo se perdeu, troquei os que tinha pelos bilhetes para a Páscoa. E depois de fazer uma rápida prospecção de mercado em todas as companhias possíveis, escolhi a TAP.
Já não usava a nossa companhia desde que vim para Londres há 1 ano e meio. E foi um prazer poder falar com a tripulação na minha língua; nem percebo como as outras companhias têm a lata de não ter ninguém que fale português. Outro prazer foi poder ler o Público e a Visão; graças a isso, e mesmo estando muito cansado, pela primeira vez em muito tempo não dormi durante a viagem. A comida era frugal mas boa; contudo, não havia opção vegetariana, a Nayan ter-se-ia ficado pelo queque. E ainda tivemos direito a "música de elevador" do princípio ao fim.
Mas, para ajudar a compreender o défice da empresa, devo registar que hoje éramos 60 num avião que pode levar 180, e ontem tinha sido igual. E com uma tripulação de umas 10 pessoas! Muito atenciosos e com especial talento para as crianças, mas demasiada gente. Fico contente por ter 7 vôos diários de Lisboa para Londres, mas os cofres do Estado é que sofrem.

O voto é secreto!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Perspectivas para o fim-de-semana

DN/TSF
Cavaco Silva - 53%
Manuel Alegre - 20,6%
Mário Soares - 12,4%

SIC/RR/Expresso (Eurosondagem)
Cavaco Silva - 53%
Mário Soares - 16,9%
Manuel Alegre - 16,2%

RTP/Antena 1/Público (UCP)
Cavaco Silva - 52%
Manuel Alegre - 19%
Mário Soares - 15%

E amanhã estou em casa!
Aterro às 9 horas em Lisboa, almoço em casa e janto em casa da minha irmã. Pelo meio vou tentar encaixar o máximo de encontros, mas não vai dar para tudo...
E domingo voto às 8 da manhã e já almoço em Londres.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Prova de fogo

Acabei de ter o meu primeiro contacto com uma “cliente”. Telefonaram-me da recepção, a perguntar se eu podia ir lá fazer de intérprete entre uma inquilina portuguesa e a nossa funcionária. E eu fui, contente da vida por estar finalmente a lidar com pessoas reais e não só burocracias.
A senhora vinha pedir que lhe fossem reparar as janelas e que lhe dessem uma chave nova, porque o filho tinha perdido as dela. Se quanto à reparação foi fácil tratar, quanto às chaves já foi mais complicado, porque para as ter teria de pagar e ela obviamente não queria. Disse que já uma vez lhe tinhamos feito de borla, e que era uma falta de segurança não poder fechar a porta. Por isso ficámos ali quase uma hora, e eu naquele ping-pong. Pelo menos ela ficou contente de ter alguém que falasse português, pela primeira vez.
Resultado: amanhã vai lá a funcionária ver como está a casa, e eu vou também.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Michelle

Nos últimos anos, fui conhecendo mais e mais sobre o Chile, primeiro através do Marcos, que lá trabalhou 2 anos, e depois mais aprofundadamente pelo Eduardo. Fiquei fascinado pelas descrições de Isabel Allende n'O Meu País Inventado, e mais ainda pelas muitas fotografias de lá que fui vendo, e só espero a melhor oportunidade para ir ver pelos meus próprios olhos.
A história recente do Chile teve como principais marcos o governo do socialista Salvador Allende no início dos anos 70, o golpe de Pinochet em 1973 e a sua ditadura que durou até 1990, ano em que os chilenos votaram num plebiscito pela convocação de eleições democráticas. O velho general continua vivo, mas apesar de ir aparecendo nas notícias pelas sucessivas tentativas de ser julgado por genocídio e usurpação de receitas fiscais, já não é tema de destaque no seu país.
Sociologicamente o Chile é muito parecido com Portugal. É maioritariamente católico e razoavelmente conservador nos costumes, talvez até mais que nós. O aborto não é permitido (e bem!), o divórcio só foi recentemente reconhecido no ano passado e, só por curiosidade, homens e mulheres votam em edifícios diferentes (e não é que a lei eleitoral foi escrita por um membro da Obra?).
As eleições disputam-se entre duas grandes coligações: de um lado, a Concertación junta socialistas e democratas cristãos, e governa o país desde 1990; do outro, a Alianza Por Chile alia os liberais da Renovación Nacional aos saudosistas de Pinochet da UDI. Perante este cenário, o meu habitual sentido de voto à direita mudaria certamente.
Nestas eleições para Presidente (que para eles é o chefe do Governo) defrontavam-se a médica pediatra Michelle Bachelet e o empresário Sebastian Piñera. Na campanha, os sectores mais ortodoxos criticaram Bachelet por ser divorciada e agnóstica, e pressionaram os bispos para que apoiassem o outro candidato, mas felizmente isso não aconteceu. Aliás, ela nem sequer defendia no seu programa nenhum dos "temas fracturantes" de que a nossa esquerda tanto gosta. Colocou como prioridade do seu mandato a construção de um sistema de protecção social que combata as desigualdades que vão crescendo. É que a aposta numa economia liberal trouxe ao Chile um crescimento estável e o reconhecimento aos olhos do mundo, mas ao mesmo tempo foi deixando muitos cidadãos para trás.
Mas queria realçar a maneira com que Bachelet reagiu ao efeito devastador da ditadura militar na sua vida pessoal. O seu pai era general da Força Aérea no tempo de Allende, e por isso foi preso e torturado pelos militares de Pinochet, tendo morrido na prisão. Ela própria foi presa e torturada, e depois teve de abandonar o País. Voltou para se formar em Medicina, e mais tarde veio a estudar estratégia militar; depois foi ministra da Saúde e da Defesa no Governo que agora cessa funções.
Sobre o seu percurso, disse no discurso da vitória: "A violência entrou na minha vida, destruindo o que eu amava. Fui vítima do ódio, mas consegui convertê-lo em compreensão, tolerância e, porque não dizer, em amor. (...) Pode-se amar a justiça e, ao mesmo tempo, ser generosa. Porque o Chile se reencontrou e porque avançámos muito e o meu governo será de unidade."
Isto faz-me pensar nas eleições que vamos ter daqui a uns dias. Assim tivessem os nossos candidatos os olhos mais no futuro do que no passado! Claro que é bom preservar a memória, mas se já há 3 décadas que vivemos em democracia, porquê insistir nos chavões do anti-fascismo? E se é verdade que os tempos não são os mais famosos, não enjoa já um bocado o discurso da crise? E para quando uma mulher?

Weekend

O que fazer num fim-de-semana em Londres? Depois de ter passado o anterior a preguicar em casa, neste resolvi desforrar-me!
Uma festa em cada noite – nada mau! Duas festas de amigos de amigos, que o lema aqui e’ “traz outro amigo tambe’m”. Na sexta foi num pub, com jovens arquitectos indianos e chilenos. Mas nem sequer fui com a Nayan, que sucumbiu ao cansaco de sexta ‘a noite e ficou em casa a dormir. Conversa, cerveja q.b. e muita danca foram os ingredientes de uma noite “a bombar”. No sabado foi em casa de um israelita. Desta vez a Nayan foi tambem, mas estive sobretudo a conhecer pessoas novas e a perguntar-lhes sobre a vida em Israel. Havia petiscos optimos, que me fizeram lembrar quando la’ estive ha’ uns anos e nos serviam sempre pitas com molhos variados no inicio das refeicoes.
Para recuperar das noitadas da semana, as duas manhas foram para dormir alarvemente. Ate’ ‘a hora de almoco! Apesar de por principio nao gostar de desperdicar as manhas, que bem que me soube!
E as tardes foram para passear. No sabado fui com a Ana Magalhaes conhecer Hampstead Heath, um bosque no meio da cidade. Mas como rapidamente anoiteceu, volta’mos para casa e toma’mos cha’ entre conversa e fotografias. No domingo fui a pe’ com a Nayan ate’ ao Speakers’ Corner, que ela ainda nao conhecia; e’ um lugar onde alguns fanaticos, ou malucos, sobem a um banco e discutem religiao e politica com as pessoas que ali param – diversao garantida durante alguns minutos, depois cansa!
E como nao podia deixar de ser, a missa ao fim da tarde, para recarregar as baterias espirituais para a semana! A missa na residencia catolica e’ a que mais gosto: e’ tudo gente da minha idade, o padre fala muito bem, e os canticos sao lindos.
E no resto do tempo? Fiz a limpeza da casa, para estar com bom aspecto para receber o Eduardo que chega hoje de umas longas fe'rias. Li o Expresso, segui a nossa campanha eleitoral (da’ para ver os tempos de antena na internet!), acompanhei as eleicoes chilenas (ganhou a preferida de todos os meus amigos chilenos, e que bom ser uma mulher!), segui o futebol nacional (obrigado, Estrela!) e acabei a noite de ontem a passar a ferro.
Que tal?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Como cogumelos

O fenómeno não é novo, mas nos últimos dias o ritmo tem sido alucinante entre os meus amigos: toda a gente tem um blog!
Para mim é um prazer acrescentar links aqui ao lado e várias vezes ao dia percorrer os meus "Favoritos", a ver o que cada um diz de sua justiça. É giro ver o que cada um pensa, as coisas em que repara, a maneira como escreve. Há sempre coisas novas a descobrir nos amigos antigos (e coisas antigas a descobrir nos amigos novos), e este "Speaker's Corner", totalmente livre à imaginação, é o espaço ideal para cada um expressar o que lhe dá na gana.
Em muitos casos, tudo começa com a partida para o estrangeiro (tá tudo a debandar!), e cá aparece o blog para relatar as aventuras. Assim não se enche as caixas de e-mail a ninguém, e só cá vem quem está interessada - perfeito! Ou quem tem o vício de (se) consumir muitas horas no computador...
E quando vamos de visita a casa, ou voltamos de vez, já só temos de contar as histórias e impressões impublicáveis, porque já todos (até os que não esperávamos!) estão familiarizados com os lugares e personagens da nossa vida "de cá".

Esta conversa vem porque hoje soube de mais 2 blogues amigos recém-chegados à blogosfera. Mas cada um me deu um pequeno amargo de boca...

Primeiro recebi uma mensagem do João Ascensão, que vai trabalhar para Shangai durante 9 meses. Umas semanas antes de partir, resolveu começar O Expresso de Shangai, que tá com um visual cheio de pinta.
João, tenho de me penitenciar por te ter subvalorizado, mas não te via com muita pachorra para andar a brincar com as formatações e saires-te com esta peça. Já tinhas dito que ias fazer um blog quando fosses para a China, mas uma coisa simples, quase só para mostrar as fotografias de lá aos amigos de cá (aí). Vai daí o Artur mandou-me uma mensagem há 2 dias que dizia: "Bute oferecer um blog ao Ascensão? Já pronto a utilizar, e TODO verde!" E eu ontem pus mãos à obra, perdi umas horas a tentar descodificar o html, troquei uma dúzia de mensagens com o Artur a discutir como ficava melhor, e o resultado foi este. E combinámos que dia 21 íamos ter contigo, chegávamos ao computador mais próximo e "oferecíamos-te" o blog. Olha... fica a intenção!!
O outro blogue novo é das Dianas (Santos e Gala) e de outra amiga delas, que estão a fazer um estágio de medicina em Paris há uns meses e agora nos contam as suas peripécias no Et voila em Paris.
Então não é que hoje a Diana conta que foi votar ao consulado?! E não acredito que por 5 meses de Erasmus tenha mudado o B.I. e o cartão de eleitor para Paris. Isto quer dizer que, ou as regras para as presidenciais são diferentes, ou mudaram as regras há pouco, ou sempre estive enganado!* E pela terceira vez lá vou eu meter-me no avião só para ir votar. Chego no sábado, vou votar no domingo bem cedo e à hora de almoço já estou em Londres outra vez.
Mas não é grande o problema, até é mais giro "ir a casa votar" do que fazê-lo cá. E com mais um eleitor na pátria, sempre fica Portugal Maior.
* Explicaram-me depois que é um regime especialíssimo, só para estudantes de Erasmus, e só nalgumas cidades.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Homer, sweet Homer (é como me sinto)

Eu até ia com boas intenções para o supermercado, e da lista só constavam vegetais e afins (o meu parceiro carnívoro só chega para a semana).
Mas há coisas a que eu não consigo resistir, sobretudo quando estão em promoção a £0,29 = o,45€!

E fui mesmo!

Já era para ter ido no fim-de-semana passado, só que como chuviscou o tempo todo fiquei em casa. Mas hoje, quando saí da formação, estava um céu azul lindo que não podia ser desperdiçado! E lá fui eu, daqui até ao mercado de Camden e a partir daí sempre no caminho junto ao Canal.
O problema aqui é que às 4h30 já é de noite, por isso quando parei para tirar a fotografia já não dava para ver nada à volta. Mas acreditem que atrás da relva há um canal que é das coisas mais pitorescas (e desconhecidas da maioria dos turistas) de Londres. Um canal com vários barcos onde vive gente e tudo!
Depois andei a conhecer ruas onde nunca tinha passado. Um bom exercício, para o corpo e para a mente. Definitivamente um programa a repetir sempre que possível!

Quanto ao "novo look" de que falei no post de ontem (confesso que deixei a questão no ar para vos deixar curiosos e prender as audiências, assim estilo "já a seguir, no Jornal Nacional, a entrevista exclusiva com o homem que matou a mãe em Carrapatosa da Serra"), bem... referia-me apenas ao facto de a Nayan me ter cortado o cabelo. Eu não percebo muito do assunto, mas até acho que ficou bem, tirando o facto de me cair uma franja (torta) se não puxo o cabelo para o lado de 10 em 10 segundos. Mas ele há-de crescer!

Viva os trainings!

Além de acordar mais tarde, vir aprender uma coisa útil e ter almoço e gelado à pala, hoje ainda fiquei despachado às 3 da tarde para poder dar umas voltas por aí!
Talvez aproveitar a bicicleta que temos lá em casa há semanas... Estava emprestada por um colega dos meus flatmates a outra colega deles, que entretanto voltou para o Chile. E a bicicleta lá ficou, até hoje, no nosso jardim, e enquanto o rapaz não se lembrar de a pedir de volta acho que nenhum de nós o vai sugerir!

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Oportunidades

Cada dia me convenço mais que foi uma boa aposta ter ficado cá a trabalhar. Para além de estar a conhecer o novo mundo da habitação social, vou aprender muito na área de gestão, porque vou ter a tarefa de conduzir algumas auditorias internas nos próximos meses.
Para já, mandaram-me aprender a usar um programa da Microsoft (MS Project) que serve para gerir projectos: definir sequências de tarefas, dividi-las pelos trabalhadores, juntar o equipamento necessário e os custos. Por isso, hoje estive, e amanhã volto a estar, a ter formação numa empresa de computadores. Além de passar 2 dias fora do escritório, posso dormir mais um bocado, porque a formação só começa às 10h e é mais perto aqui de casa.
A empresa chama-se Happy Computers, e o nome condiz com o ambiente de pura "boa onda": a formadora (gira!) desfaz-se em sorrisos, a decoração é colorida, dão-nos um gelado a meio da tarde, e até a casa-de-banho tem bandas desenhadas na parede, não vá um gajo entediar-se naqueles 10 segundos que passa no urinol... Ok, a ideia tá gira!
Voltando ao trabalho: uma coisa que me surpreendeu pela positiva foi a reunião mensal que tenho com o meu manager. Vamos a um café ali perto, para mudar de ambiente, e fazemos o ponto de situação em relação às várias tarefas. Ao mesmo tempo, ele vai-me ajudando a descobrir as áreas que gosto mais. Não só para o tempo que ali trabalhar, mas também para o futuro. Ou pelo menos é o que ele diz... Claro que todas estas atenções só ajudam a motivação, para além do outro reforço da motivação que chega mais para o fim do mês.
Continuo a achar que, apesar de nos devermos aplicar com brio no emprego, é bem mais importante o que fazemos com o resto do nosso tempo, mas tenho de reconhecer que ajuda muito a pessoa sentir-se realizada naquilo que está a fazer. Foi realmente uma cartada bem jogada, mas sei que houve Alguém que jogou o trunfo por mim.

(desculpem este post meio chato, prometo amanhã falar-vos do meu novo look)

Morcego

Sempre fui assim, desde pequenino. Fazia finca-pé para ficar acordado a ver televisão até tarde. Eram os concursos do Fialho Gouveia (havia aquele que era por distritos, e as equipas tinham de inventar teatros e músicas), o Casino Royal, o Modelo e Detective. E não me lembro de os meus pais me estipularem uma hora para deitar. Mas não terá sido por falta de tentativas...
E sempre gostei de coisas a meio da noite. Lembro-me de ver o Porto ganhar a Taça Intercontinental no fuso horário do Japão e de exigir que me acordassem para ver o final da maratona da Rosa Mota em Seul, isto andaria eu pelos 8 anos. A partir dos 11 anos comecei a assistir em directo aos óscares, às escondidas dos Pais; ainda me lembro de estar no recreio da escola da Trafaria a contar a façanha. E depois veio aquela noite de Agosto que passei nos Capuchos, com a Mãe e a Isabel a ver a chuva de estrelas cadentes. E nas férias de adolescente, se não tivesse uma directa de conversa até ao amanhecer era porque não tinha sido giro. E até para a beatice, se há uma vigília qualquer durante a noite, não é para mim nenhum sacrifício, mas um aliciante.
Não sei porque sou assim. Sei que não é muito saudável matar horas de sono, mas há males piores. E também não é assim todos os dias! Mas gosto de ficar por aqui, a casa já em silêncio, apenas com a música que sai do meu portátil (nesta fase, Jack Johnson). Pela meia-noite aparece a Mafalda ou a Ana Isabel no MSN, lá para a uma o meu irmão João (que padece do mesmo mal que eu, mas não tanto por escolha), e agora também o Zé Maria que está na Califórnia. Vou lendo as notícias do dia seguinte, faço as contas ao dinheiro (outra mania), arrumo e desarrumo o quarto, vou sacando músicas... Às vezes ainda vou trocando umas mensagens com o Artur, quando estamos inspirados (a lembrar outras noites, muitas, passadas à conversa em Martinlongo ou tantos outros lugares). E se for como hoje, posso-me lembrar a meio da noite de ir lavar a loiça do jantar e fazer uma máquina de roupa.
Suponho que não vá ser assim o resto da vida. A resistência há-de ir diminuindo e nenhuma mulher me vai aturar isto. Mas por enquanto ainda acho os dias demasiado curtos para não precisar das noites também.
Bem, tinha posto como objectivo não me deitar hoje sem aqui deixar um post. E foi isto que me saiu, às 5 da manhã...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

À pressão

Agora percebo melhor o que sentem os directores de programas das televisões. Ao longo do dia vou espreitando as minhas "audiências" e esse é um agradável incentivo para escrever mais. Mas o pior é quando o dia está quase a acabar, foi um dia perfeitamente normal, eu estou cansado mas sinto que devo escrever algo mas não me ocorre um tema. Como agora me aconteceu. Mas não quero perder audiência...
Amanhã vou ter de entregar um relatório que me foi pedido no trabalho, sobre como vamos "sacar" as informações pessoais (contactos, grupo étnico, religião) aos nossos clientes. Tenho andado a trabalhar nisto todo o último mês, e no seguimento da minha recomendação (se tiver o acordo dos managers acordarem) podemos ir para um grande inquérito a 3 mil pessoas. Mas amanhã ainda tenho de acabar de escrever, por isso vai ser o mesmo ritmo frenético de acabar um trabalho para a faculdade. Com a diferença que, em vez de acabar às 5 da manhã, tenho de acabar antes das 5 da tarde.
Mas pressão à séria tive no almoço de Ano Novo, quando as minhas sobrinhas, cansadas de ter um tio "encalhado", pegaram no meu telemóvel, escreveram num papel todos os nomes de raparigas, e me obrigaram a comentar uma por uma e a fazer um ranking. No final, deram-me um prazo até 2008 para estar casado e com filhos. É melhor não me distrair muito...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Uma boa notícia!

EasyJet inicia voos de Lisboa para Londres, Paris e Milão em Março e Abril

A companhia aérea de baixos custos easyJet vai ter mais três rotas de ligação diária a Lisboa, para Londres, Paris e Milão, a partir de Março e Abril, anunciou esta quarta-feira a empresa. (...) Na informação hoje divulgada, a easyJet anuncia voos para Londres e Paris, a partir de 1 de Março. (...) Viajar na low cost easyJet para Londres (aeroporto Luton) custa 30,99 euros (...) Os bilhetes para estes voos vão estar à venda a partir de sexta-feira.

in Diário Digital
30,99€ é o preço para cada lado, e provavelmente não inclui taxas, mas ainda assim é muito barato! Fico à espera de sexta para reservar o meu vôo para a Páscoa.

Lunch break

Na hora de almoço, tenho ido sempre ao supermercado, que fica a 3 minutos daqui e tem um buffet de saladas. Hoje, por exemplo, estou a comer uma com beterraba, milho, cenoura, feijão e couscous. Também havia as opções pasta de atum ou fiambre ou até camarão, mas estou mesmo apostado em conseguir levar avante as minhas resoluções para 2006! Ou pelo menos não desistir na primeira semana...
Depois volto para a minha secretária e como aqui. Claro que não é tão agradável como ir ao restaurante com os colegas e comer um mini-prato (com batatas fritas!), beber um refrigerante e ainda ter direito a uma sobremesa, como provavelmente a maioria de vocês fará. Aqui ninguém vai almoçar com colegas, e fazer uma refeição completa todos os dias ia-me custar demasiado.
Mas o meu regime tem uma vantagem, aliás duas, se contarmos com a poupanca. É que assim posso aproveitar o resto da hora para ler emails, ver as noticias ou escrever posts, e como tenho a caixinha da salada à frente ninguém me cobra. É que durante as horas de trabalho nunca vi aqui ninguém a consultar outras coisas na internet, por isso não tenho lata para o fazer...

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

De borla!

Não faço ideia como estas coisas funcionam, mas a verdade é que agora posso telefonar do meu computador para qualquer telefone fixo em Portugal sem pagar um tostão! Antes telefonava pelo Skype, que já só custava 2 cêntimos por minuto, mas agora instalei o Voipbuster e falo de borla.
As chamadas são grátis para Portugal, Espanha, Dinamarca, Estados Unidos e vários outros países da Europa. Para Inglaterra, Chile e China custam 1 cêntimo por minuto. E funciona mesmo!
Para os Estados Unidos e China, os precos sao iguais para telemovel (Diogo, Joao e Ze', isto interessa-vos!), mas para os restantes paises e' bastante mais caro (15 centimos para Portugal).
Por isso, se receberes um telefonema meu em casa nos próximos tempos, não estranhes. E se estiveres em casa e quiseres falar comigo, basta mandares uma mensagem e eu telefono.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

O melhor do mundo...

Nesta altura é comum as pessoas lamentarem-se do difícil que foi 2005 e que vai ser 2006. Os mais velhos respondem um "vai-se andando" arrastado quando lhes perguntam como têm passado, os de meia idade queixam-se da crise (mesmo quando vão de férias para o estrangeiro e já compraram o último gadget da moda) e os mais novos queixam-se da falta de oportunidades. E se é verdade que "isto 'tá difícil", não é menos verdade que temos muitas outras razões para nos regozijarmos com a vida e termos esperança no futuro.
E que maior foco de esperança que a vinda ao mundo de novos bebés, que enriquecem a vida dos que os rodeiam e trazem novas maneiras de olhar e construir o mundo?
Em 2005, foram motivo de grande alegria os nascimentos do meu sobrinho João Maria, da Maria, filha da Margarida e do Nuno, do Pedro, filho do Carlos Pedro e da Cláudia, do Salvador, sobrinho da Maria Carlos, e de certeza que me estão a escapar alguns...
E 2006 promete dar ainda mais frutos! Hoje nasceu o Rafael, o meu 54º primo direito. E o 55º já vem a caminho. Lá para o Verão a alegria vai ser a dobrar, porque o Pedro e a Isabel vão ser pais de gémeos (meus primos pelo sangue e sobrinhos pelo coração). Vários amigos vão ter a sorte de ser tios: pela primeira vez, o Eduardo, a Inês e a Francisca (a dobrar); pela segunda, a Ana Isabel; pela enésima vez, o João Ascensão e o João Raposo. E outros bebés aparecerão, concerteza, com o decorrer do ano.
Com os níveis de optimismo em baixo e o envelhecimento da população a tornar-se um problema, cada bebé que nasce é ainda mais precioso!
Que Deus os proteja a todos, e que nós os ajudemos a crescer felizes!

domingo, 1 de janeiro de 2006

Resoluções para 2006

Perder 10kgs.
Há 5 anos atrás, eu pesava menos de 70kgs. Hoje peso 81kgs. Até acho uma certa graça às formas mais arredondadas, mas preocupa-me a roupa que cada vez está mais apertada, o cansaço que vem com esforços cada vez mais pequenos e o suor das pernas a roçar uma na outra. E se me pagam o ginásio (que para mim é um sacrifício), acho que tenho mesmo de aproveitar, por isso vou-me inscrever já na primeira semana. Mas sei que os resultados não vão aparecer se eu não tiver cuidado com o que como, e isso será um sacrifício bem maior...
Integrar-me num grupo de oração em Londres.
Ir à missa é um marco importante na semana, mas sinto que posso ir mais longe. Como sei das minhas limitações, e que sozinho é mais difícil fazer caminho, vou procurar um grupo com que me identifique.
Deixar de uma vez por todas de roer as unhas.
É um vício que tenho desde pequeno, mas chegou a altura de o ultrapassar!
Dar mais atenção às horas de sono.
Uma pessoa sensata sabe a hora a que se tem de levantar, conta as horas de sono que precisa (consoante o organismo de cada um) e deita-se em conformidade com isso. Eu não, vou para a cama quando já não tenho mais forças para estar acordado, o que não raras vezes acontece 3 ou 4 horas antes da hora a que vai tocar o despertador. E isto não é nada saudável... Por isso tenho de aproveitar melhor as "horas normais" e deixar umas 6 a 8 horas para o descanso.
Escrever (pelo menos) um post no blog todos os dias.
Se eu gosto de escrever e não me faltam coisas para dizer, sou parvo se não aproveitar o tempo de antena e a vossa paciência. Para ajudar, vou usar um bloco de notas para as ideias que surgem durante o dia. E vou tentar ser menos descritivo e mais opinativo. Já mudei as cores de fundo para simbolizar o início de uma nova fase.